24.7.06

Deliciava-me com a leitura do último romance de Umberto Eco, "A Chama da rainha Loana", mas fui subitamente interrompida.

Algo que naquele momento era mais forte e me chamava a atenção. Um filme era projetado bem ali, na minha frente. Em poucos minutos um senhor, com uma cara bem simpática, montava sua lojinha: Artesanato da Terra. Ali encontrava-se de tudo, de artesanatos à roupas usadas.

Encantei-me primeiramente com o suporte "varal" para sua vitrine, que encontrava-se no interior da loja, e à medida que o simpático senhor ia abrindo seu estabelecimento o varal ia sendo posicionado no lado de fora. Em seguida a fachada da loja ia sendo emoldurada por roupas penduradas em cabides, e o nome da loja acabou ficando escondido.

Os carrinhos e os ônibus de lata foram sendo cuidadosamente estacionados sob o "varal vitrine". Artigos de palha e couro de um lado, plástico e sintéticos afins do outro.

Cada objeto é cuidadosamente espanado e recolocado nas estantes. Aos poucos o interior da loja vai sendo revelado.

Os transeuntes não hesitam em parar e olhar a loja. Um chegou até a experimentar o chapéu de couro, mas não levou. Deve estar indeciso, afinal já parou outras duas vezes em frente à loja. Lá vem ele outra vez, pára e olha o chapéu novamente, pega no boné, pensa e dá mais uma volta.

Fico atenta para não perder o ônibus, e ao mesmo tempo torcendo para que ele não chegue tão cedo, assim posso desfrutar mais um pouco desse filme.

Percebo que as embalagens são sacolas de outras lojas, tem de perfumaria, livraria, supermercado...

Fico na dúvida se devo registrar essas imagens, ou se deixo apenas no pensamento.

O ônibus chegou, mas o filme continua!

Luana

Nenhum comentário:

Twitter Updates

    follow me on Twitter

    Quem sou eu

    Pesquisar este blog

    Seguidores