28.9.06

YouTube


O vírus da web, no momento, chama-se YouTube. Trata-se de um website onde usuários carregam, assistem e compartilham vídeos digitais.

YouTube do inglês You: você e Tube: tubo ou televisão, ou seja, YouTelevision, uma televisão programada por você. Para contribuir e fazer parte do site é fácil, basta ter uma cãmera na mão, que pode ser até mesmo dessas integradas no aparelho celular, e uma boa idéia na cabeça. No entato não é preciso ser usuário para assistir aos vídeos, só aqueles que são restritos por conter cenas de violência ou sexo, por exemplo.

São mais de 100 milhões de vídeos exibidos por dia, no site que está no ar desde fevereiro de 2005. A cada mês o vírus se alastra, e o número de acessos é dobrado. Os vídeos são dos mais variados tipos: caseiros, comerciais de TV, filmes, videoclips etc.

O YouTube gera um movimento do vídeo viral. Acontece da seguinte maneira: uma pessoa vê o filme, envia para um amigo que abre o arquivo na sala de trabalho, e consequentemente assiste ao lado dos colegas, que espalham para suas listas de email e assim vai o vídeo vai sendo disseminado. O mais interessante é que os vídeos são produzidos por pessoas comuns, porém profissionais da área de comunicação já estão de olho nessa ferramenta da web. Campanhas de empresas estão sendo desenvolvidas especialmente para o YouTube, apostando no marketing viral. E mesmo para os não profissionais a produção dos vídeos pode render um bom negócio, como é o caso dos internautas que produzem vídeos estimulados por concursos de marcas famosas.

O vírus realmente contamina, e acaba sendo inevitável disseminá-lo. Se você se pegar visitando o YouTube todos os dias, em busca dos últimos vídeos postados, ou dos mais vistos, cuidado! Este pode ser um sintoma de que você está com o vírus. Passe adiante!


Luana Barros


Fontes:
Revista Info - Agosto 2006
Wikipedia

6.9.06

Estou aqui



Queridos leitores, estou numa nova fase.
Comecei ontem um estágio na TV, e estou bem feliz, afinal esta será uma ótima oportunidade para aprender e praticar.
Isso não quer dizer, no entanto, que não vou mais dar atenção ao meu blog. Assim que me adaptar à nova rotina volto a publicar.
:)
Até mais!

2.9.06

Para Refletir

Sobre propaganda e política
Gilmar de Carvalho
26/08/2006 17:26


Ver um programa de propaganda política é um exercício de vertigem. A sucessão de tantas informações, em tão pouco tempo, nos dá o enjôo da câmera trêmula ou nos remete à estética do vídeo-clip. Nada que possa levar ao amadurecimento das decisões, à discussão de programas ou a um espetáculo desfrutável (ainda que inócuo).

A discussão passa pela concessão dos canais, pela formação dos oligopólios e por uma comunicação que tem sido conveniente a quem está no poder, dos militares até hoje.

Seria ingênuo acreditar que a propaganda política se resume a este espetáculo que antecede as eleições. Imagens são construídas ("caçador de marajás"), na cobertura jornalística. O caráter ideológico da notícia e o impacto das imagens em movimento se dão todos os dias, em todas as emissoras (inclusive nas que se dizem públicas).

Voltando a este "show" bienal, como manter a atenção do receptor? Este tende a cobrar o mesmo padrão do restante da programação e aí entraram os profissionais de "marketing" e os especialistas na edição (e fabricação) das imagens.

Era preciso enterrar a "lei Falcão", com os retratos 3x4 e a locução "em off" dos "predicados" dos candidatos. A virada foi a eleição de Maria Luiza, em 1985, ditando um padrão que foi aperfeiçoado pelo grupo que está no poder há vinte anos: "glamour", melodrama (a lágrima ao som de "Pai Herói") e apresentadores sem sotaque cearense.

O que vemos hoje no espaço dos candidatos a deputados estaduais e federais atualiza o passado autoritário: temos os números e damos o desconto de algumas bizarrices. A pasteurização das falas insiste em "sociedade igualitária e justa", na segurança (convencionou-se que seria bem recebido pela população acuada pela violência, cujas causas não são aprofundadas) e na ênfase à escola e à saúde. O filão da ética nos faz rir com a postura de vestais de alguns candidatos, enquanto outros optam pelo "efeito parabólica" ("o que é ruim a gente esconde", dito por um ex-ministro e levado ao ar, inadvertidamente).

A programação é perversa e os grandes partidos e coligações têm mais tempo.
O "politicamente correto" nos leva às "cotas" e nos lembra (sem saudades) de "deficientes (muito) eficientes". A mulher pode ser esposa, filha ou irmã e poucas têm luz própria. O estereótipo de juventude não esconde, muitas vezes, a angústia de sobrevida das oligarquias. E muitas candidaturas mais parecem factóides.

Claro que a propaganda deve continuar, mas por que não aperfeiçoá-la? Slogans, promessas e palavras de ordem já não bastam. Faltam argumentos e fica a pergunta: será que alguém decide seu voto por conta da televisão (como separar o real da ficção?), muros pintados, caros de som ou bandeiras empunhadas por militância paga? E o "obsceno" (o que fica fora de cena) não nos faria rir da proibição de doação de camisetas, bonés e chaveiros?

Gilmar de Carvalho
É professor do curso de Comunicação Social da UFC e doutor em Semiótica pela PUC de São Paulo


Fonte: Jornal O POVO

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