Para ser repórter fotográfico não basta freqüentar cursos de fotografia, correr atrás de fatos, estar no momento certo da notícia, mas, ir muito além disso. “Fotografar é por no mesmo ponto de mira a cabeça, o olhar e o coração” relembrando Cartier-Bresson. É dessa soma tão necessária que brota o profissional da imagem-notícia.
Além da sensibilidade fotográfica o repórter deve ter conhecimento nas áreas das ciências sociais. O contexto social, econômico e político balizam os fatos. Estar inteirado dos aspectos antropológicos e culturais das sociedades abordadas é fundamental para um discurso impactante, denso e gerador de opiniões. É preciso compreender o sentido deste fazer, cujo exemplo podemos citar outro mestre dessa arte , no caso o brasileiro Sebastião Salgado, que define seu metiér como: “a transformação da fotografia numa forma de vida, valorizando o momento histórico em que se vive e estar atento ao porvir”.
Assim como Cartier-Bresson, Salgado é famoso por fotografar gente e por seu interesse pelo ser humano. O fotógrafo das causas sociais, como é reconhecido, acredita que essa é tarefa do fotógrafo: identificar-se totalmente com aquilo que ele vai fotografar. Ter o prazer de estar lá. Ou então o trabalho não é feito.
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